24 de dez. de 2015

Capitulo 45.

Narrado por Luan.

O desespero em mim era nítido, Luiza havia dado entrada o hospital desacordada é aquilo me preocupava.
— vai ficar tudo bem filho, deve ter sido uma queda de pressão.
— nada está mais ao meu favor, eu não entendo, já me levaram Julia, não me perdoaria se Luiza fosse também.
— larga de besteira pi, Luli é forte, mas acho que não houve nada de mais.
— familiares de Luiza Porfida. — nos levantamos e paramos em frente ao médico. — ela está bem, teve uma queda de pressão devido ao estresse, pelo quadro que ela apresenta isso poderia ter sido grave ao feto.
— Anh? — me engasguei com a própria saliva, Luiza grávida, não pode ser.
— creio que não sabiam — ele riu fraco — Luiza está com 10 semanas, 3 meses para ser exato.
— aí meu Deus, quem será o pai? — Jady e Bruna me olharam, e eu me mantinha quieto. — Marta iria ficar louca.
— e o tio Pedro então?
— me desculpem interromper — uma enfermeira loira veio até nós — doutora Luiza pede para ver você Luan.
— aham — a olhei perdido e a segui até aquele quarto totalmente branco. — hm, oi.
— Luan — ela sorriu fechado — você já soube?
— Ja, e bom, não estou estou preparado, mas se for meu, eu , bom, eu — ela me interrompeu.
— ele é teu Luan, não tive relações com mais ninguém ao não ser você.
— eu acredito — respondi confuso, estava confuso de mais, 2 meses atrás eu seria pai, mas era uma gravidez psicológica e eu só descobri isso após perder minha esposa, e minha melhor amiga e amante esta grávida, e eu seria pai de novo. Não entendia mais nada, imagina quando contasse essa história a alguém.
— você não vai me dizer nada? — seus olhos estavam cheios de lágrimas — eu não fiz isso de propósito, aconteceu, eu deveria ter tomado remédio, mas não me dei conta Luan.
— eu preciso pensar — sorri forçado e sai daquele quarto indo para fora do hospital. Eu iria ficar louco, ou já tinha ficado e não sabia.

Narrado por Luiza.

— como você está querida? — mamãe entrou no quarto, e eu já sabia que ela estava por dentro de tudo o que estava acontecendo, já que a mesma se encontrava com as mãos sob minha barriga.
— estou bem — sorri forçada, na verdade não estava bem, estava grávida, não queria estar grávida, ando tendo tantos problemas, já tenho Clara, e agora outro? Não estava preparada, tanto fisicamente como psicologicamente.
— vou ser avô, isso mesmo? — papai entrou no quarto com uma expressão indecifrável, e eu apenas acedi com a cabeça. — quem é o pai? Aquele seu amigo, Daniel?
— verdade querida, ou é outro? Conte-nos.
— é o Luan — suspirei como se tivesse tirando um peso de mim, e o silêncio ali me incomodou.
— vocês tinham um — mamãe o interrompeu.
— um caso Luiza? Vocês são loucos? A quanto tempo isso? Ele era casado, que absurdo!
— mãe aconteceu — senti meus olhos se inundarem novamente.
— nem esperaram o difunto esfriar Luiza — papai andava de um lado para o outro passando as mãos nos cabelos grisalhos.
— isso não aconteceu agora — olhei para as minhas mãos — foi antes.
— mesmo assim — papai me olhou e saiu do quarto, e eu me vi chorando novamente.
— quanta irresponsabilidade Luiza, foi é uma pediatra formada, o que vai ser de vocês agora? Me diz.
— eu também não sei — deixei o choro que sufocava minha garganta sair, não queria que nada disso acontecesse, me sentia culpada.
— não adianta chorar agora filha, já é tarde, daqui 6 meses vem as consequências. — senti minha garganta começar a se fechar, boa Luiza, ótima hora para uma crise. — está tudo bem? — balancei a cabeça tentando controlar minha respiração.
— pega um pouco de água para mim — disse com um pouco de dificuldade. Mamãe logo tratou de me entregar a água, o que não adiantou muito, foi bem pior.
— outra crise querida? — mamãe me olhou desesperada — cadê sua bombinha? — ela correu até a bolsa que estava sobre a poltrona procurando algo. — cadê seu pai? Se acalma Luiza, por favor — ela correu apertar o botão chamando alguma das enfermeiras.
— está tudo bem?
— por favor, me arrumem alguma bombinha de ar, Luiza tem asma emocional. — mamãe estava desesperada, mas logo Suzana, veio colocando uma masca de oxigênio em mim, o que me ajudou bastante.
— houve algo? — Luan entrava novamente no quarto.
— uma crise — mamãe passou as mãos em meu rosto — vou deixar vocês sozinhos, creio que precisam conversar — ela sorriu forçada e saiu do quarto.
— Clara estava chorando querendo você. — me preocupei — mas não precisa se preocupar, ela está com Bruna. — apenas acedi com a cabeça.
— Luan, olha — tirei aquela máscara para que pudesse falar em paz, mas Luan se aproximou colocando em meu rosto novamente.
— depois falamos disso — ele beijou minha testa.
— mamãe — Jady encontrou no quarto com Clara em seus braços.
— sua mãe nos contou que teve outra crise — ela se aproximou com Clara, que se sentou ao meu lado naquela cama.
— você está bem mamãe?
— estou meu bem — respondi com a voz abafada devido a máscara de oxigênio.
— tem muita gente aqui, não acham? — Bru entrou no quarto.
— eu já estou saindo — Luan se retirou novamente, e as meninas me olharam.
— as coisas não estão boas, não é?
— infelizmente não.

(...)

2 meses haviam se passado rápido, minha barriga se encontrava maior com o tempo, não posso dizer que as coisas estavam ótimas, pois estaria mentindo. Luan e eu, nos encontrávamos na mesma, conversávamos o necessário, e ele arriscava ir comigo as consultas, o que me deixava feliz.

— nós vamos pro show, certo?
— por mim — quis mostrar indiferença, mas não era bem assim. Além da família, ninguém sabia que estava grávida, e eu preferia assim, sem tumultos sem imprensa. Por estar no 5º mês, o ultra-som para descobrirmos o sexo estava próximo.
— Luan vai ficar louco se te ver com esses saltos.
— A tempos o Luan não se importa com as coisas que faço.
— ele gosta de você amiga.
— Não estou afim de criar expectativas igual a outra vez.
— Estão com fome? — Madrinha entrou ali chamando nossa atenção.
— eu estou — sorrindo ido a abraçar.
— vamos lá para baixo — a seguimos até a cozinha, onde havia um café para nós.
— pretende voltar quando para o consultório Luli?
— ainda não sei — suspirei — saudades das minhas crianças.
— espere a nossa princesa nascer.
— como sabe que é menina?
— e não é?
— acho que é menino — Luan se pronunciou entrando na cozinha.
— chegou querido?
— aham — ele foi até ela beijando sua testa — como vocês estão? — seus olhos pararam em mim.
— estamos bem Pi.
— está tudo bem mesmo Luli? — ele me olhou estranho porque estava com as mãos sob a barriga. O olhei admirada, fazia tempos que Luan não me chamava de Luli, quanta falta isso eu senti disso.
— estou sim, o bebê só está — fiz uma pausa — chutando.
— am — ele abriu a boca, mas logo fechou olhando-me e saindo dali.
— as coisas vão se ajeitar querida — madrinha sorriu fechado, colocando um bolo de chocolate sobre a mesa.
— eu sei que vai — suspirei pesado, pegando um pedaço daquele bolo maravilhoso.

(...)

— a tempos não fazia show por aqui — Luan dizia lindamente sobre aquele palco, onde ele realmente brilhava.
Nossa família estava ali, animados já que fazia algum tempo que não assistíamos um show seu. Para não prejudicar as coisas, usava uma roupa pouco largona, não queria que soubesse que estava grávida, não por agora.
— hoje quero prestar a homenagem a uma pessoa que se foi a alguns meses — senti a mágoa em sua voz, e o público bateu palmas — minha finada esposa sem pretextos algum, ela havia acordado bem, quem poderia imaginar o que aconteceria depois? — notei que chorava junto dele. —eu vou fazer uma coisa que sei fazer bem, e espero que vocês me ajudem. — ele se sentou em um banco ao centro do palco junto de seu violão. — com você — sua voz era suave, e ele ali com os olhinhos fechados, sabia que ele cantava com o coração — Dia após dia, fotos de nós dois
É o que me prende em você dias depois
De você partir, não estar aqui
Sentindo seus sinais, assim eu vou seguir
Todas as noites sinto alguém me cobrir
Será você?
Diz que é você
E o que me perturba, não é não te ter aqui
E sim, a injustiça de eu não estar aí
O vento traz seu cheiro e me faz lembrar
O rádio sozinho começa a tocar
Será que você tá me vendo aí de cima?
Chamando minha atenção como sempre fazia
Você mudando as coisas sempre de lugar
Tentando dar um jeito de eu enxergar
Mas hoje eu aprendi que há algo além daqui
E um dia eu vou dormir, e acordar aí
Com você.
Tudo bem, eu chorava, essa criança havia me deixando mais sensível e dramática ao extremo, às vezes nem eu me suportava, mas eu teria de encarar, não queria ser mãe por agora, mas por causa de um deslize meu e do Luan isso aconteceu, o que restava era aceitar. Eu, Luiza Guimarães Porfida seria mãe, fruto de uma traição, com o homem que amava.


Autora.
OIIIII, VOLTEEEI! Gentem, me desculpem, escrevi umas 3 vezes o capítulo e meu computador o apagou as 3, eu não me dou bem com isso! 😂
Eu ando escrevendo um chat no meu fã clube no Instagram, donzeladoluel pra que quiser acompanha-lo.
Eu estou escrevendo pelo celular, então me desculpem pelo tamanho,e pela demora.
Quero comentários, Okay? Bjs!

3 comentários: