14 de out. de 2015

Capitulo 43.

Narrado por Luan.

Era difícil descrever como estava me sentindo, encarava meu o espelho, e não tinha animo nem pra ir ao velório, mas ela era minha mulher. Minha mulher, havia acabado de ficar viúvo, meus olhos estavam fundos, e minhas olheiras entregavam a noite mal dormida. Meu coração estava tomado pela culpa, por toda traição que fui capaz, por não ter sido capaz de a amar de verdade.
-Luan? -Luli parou na porta e me encarou, percebi que chorava novamente.
-Já vamos?
-Sim -ela veio até mim e me abraçou, me permiti chorar mais uma vez em seus braços.
-Se acalma por favor.
-Eu não consigo entender Luli, por que Deus fez isso?
-De um jardim, quais flores colemos?
-As mais belas.
-A Jullia era uma delas -ela beijou minha testa-sua mãe está tão mal em te ver assim.
-Eu vou tentar ficar bem.
-Posta algo na suas redes sociais, suas fãs estão desesperadas.
-Não consigo Luli, não dá.
-Eu posto pra você.
-Obrigada -suspirei, olhei em seus olhos, foi ai que me lembrei que a mesma não estava se sentindo bem. - Você já está melhor?
-Já -ela sorriu fraco- Me da seu celular. -Lhe entreguei meu celular, e a mesma desbloqueou, já que tinha a digital da mesma para que ele desbloqueasse.
-Tem muitas coisas?
-Muitas, mas não precisa se preocupar com isso agora, vamos comer.
-Estou sem fome.
-Por mim? Ou até pela Jullia, ela não iria gostar de saber que você ficou sem comer.
-Esse é o problema Luiza, ela não está mais aqui, ela não vai voltar mais.-soquei a parede com raiva, do tanto idiota que havia sido com a mesma, ela me amou, e eu não fui capaz de saber meus verdadeiros sentimentos, estava me sentindo um verdadeiro idiota.

Narrado por Luiza.

A dor de todos ali era visível, principalmente a de Luan, algumas fãs que conseguiram despistar os seguranças que ali estavam, vieram até o mesmo o abraçando e falando coisas lindas, era impossível não se emocionar, aliais estava muito emotiva por esses dias, talvez minha menstruação estivesse por vir.
-Luli querida, vai comer algo.
-Depois eu vou madrinha, e levo o Luan.
-Tudo bem.-ela suspirou.
Olhei em volta, e havia varias pessoas, desde amigos famosos do Luan, até os advogados da Jullia. O calor estava de mais, me sentei ao lado de Luan ali, já que estava um pouco tonta.
-Esta tudo bem?
-Aham, por que?
-Sei lá, você está pálida. -ele passou a mão no meu rosto.-está gelada.
-acho que a minha pressão caiu.
-não comeu nada, não é?
-é -ri sem graça, e fechei os olhos encostando a cabeça em seu ombro.
-vem, vou com você até a padaria ali da esquina.
-Não dá pra sair Luan.
-Vou mandar a Bruna contigo então.
-pode ser - ele se levantou, e logo me levantei e me segurei no mesmo, não tinha forças.
- Está tudo bem com ela Pi?
-Pega água lá Bu, rápido.
-Ela está tendo uma crise?
-Não sei tia, ela disse que não estava bem -ele me sentou de novo, e mamãe abanava meu rosto.
-Toma - Logo senti Luan colocando o copo de água em meus lábios, me forçando a beber.
-Molha a nuca e a testa dela. - O mesmo fez isso com uma certa delicadeza, mesmo com a vista pouco turva, percebi que todos ali prestavam a atenção no que Luan fazia.
-Está melhorando querida? - Concordei com a cabeça.
-Eu trouxe algo pra ela comer - Jadoka chegou com um lanche natura, e uma garrafinha de suco.
-Eu vou levar ela lá pra fora, aqui está quente. -Luan colocou seus braços em volta do meu corpo, me carregando dali, papai tratou logo de pegar uma cadeira e me colocar em um lugar aberto que circulasse ar.
-Come querida-Mamãe segurava o lanche natural em minha frente, dei uma mordida no mesmo, e bebi suco para que pudesse engolir.
-Tia, vou passar mais água na nuca dela, ta?
-Isso querido, vou procurar algo para abanar o rosto dela.

(...)

-Já está melhor?
-Sim, obrigada -sorri e me levantei, indo até a sala na qual ficavam os corpos velados, já que uma oração estava prestes a começar.
-Se despeçam que já vamos fechar. - O coveiro, um pouco que estranho disse após aparecer na porta. E ali vi a dor de todos, Jullia tinha muito o que viver, assim como em Luan, a culpa dominava meu coração, não queria que fosse assim, mas felizmente ela era uma bela flor, na qual Deus quis a levar para o seu jardim.
Me aproximei de seu corpo, frio e pálido, notei que Luan me observava, ela parecia dormir, mas a única certeza que tinha, era que ela havia ido viajar sem volta.
-Pretinha por favor -padrinho chegou ao meu lado -Vá acalmar o Luan, por favor. - O olhei e ele estavam chorando sozinho em um canto.
-não fique assim meu amor, por favor.
-não tem como Luli, a culpa foi minha, Dona Priscila não me deixa esquecer isso, e ...
-não fica assim, por favor.

(...)

Narrado por Luan.

Todos já haviam ido pra casa, mas eu continuei ali, sentado em cima do seu tumulo, uma foto recente dela estava fixada ali, ela tinha uma vida inteira pela frente, mas Deus a quis levar, não sei se ao certo ela completou a sua missão dada, mas acreditava que sim. Isso só serviu pra me deixar mais confuso que o normal, já que nunca soube se realmente a amava, ou se amava Luiza.

-Até breve querida -sussurrei após terminar minha oração. Sai dali indo até a casa dos meus pais, já que minha mãe pediu para que eu passasse um tempo ali com ela.
-Vem comer Luan.
-Estou sem fome mãe -sorri forçado e segui até meu quarto, me joguei na cama assim que a avistei.
-Pi, está tudo bem?
-Por que todo mundo me pergunta isso? Que merda Bruna - já não consegui segurar minhas lagrimas -Credo Luan, eu só perguntei...
-Eu estou viúvo, me sinto culpado, me sinto péssimo, era isso que queria saber? Agora tchau.
-Estupido. -ela fechou a porta com uma certa força, e eu pude me sentir em paz.

1 semana depois.

Havia voltado para minha casa, as coisas de Jullia que estavam ali, dona Priscila havia feito questão de buscar algumas coisas para que pudesse se lembrar da filha. Já os nossos retratos se encontravam ainda nas paredes, e até nas estantes espalhadas pela aquela enorme casa.

-Alo? -Atendi o telefone sem paciência, já estava de saco cheio.
-Luan?
-Oi Luiza?
-É -a mesma suspirou do outro lado- A Manu, nossa afilhada, está nascendo.
-Serio? -Disse um pouco animado, talvez aquilo me distraísse um pouco.
-Sim - ela fez uma longa pausa - estamos na maternidade Santa Isabel, am, venha pra cá.
-Am, já apareço por ai.

Segui até o hospital, e lá encontrei quase todo mundo.

-Pi, como vai? -Bruna veio correndo até mim e me abraçou.
-Tudo bem piroca? -beijei sua testa.
-Tudo sim, Jady está em trabalho de parto, e o Lucas está lá com ela.
-A sim espero. -sorri.
-Luan querido -Tia Marta chamou minha atenção -Como vai querido?
-Bem tia, nada que a senhora tenha que se preocupar.
-Pronto, tia Le já está sabendo, e pretende vir pro Brasil logo. -Luiza entrou ali naquela sala, sorridente. -Oi Luan -sorriu ainda mais ao me ver.
-Oi Luiza. -sorri forçado.
-Esta tudo bem? -Todos me olhavam estranho por ter a chamado de Luiza, mas havia pensado durante esses dias em dar um jeito de saber quem realmente amo.
-Sim -suspirei - am, vou tomar um ar.

Narrado por Luiza.

Luan estava diferente, distante, e aquilo me incomodava, pois apesar de todo amor que tinha por ele, eramos melhores amigos.

-Ele esta diferente.
-Ele se diz bem, mas eu conheço meu irmão, ele está tão mal.
-Vamos respeitar o tempo dele.
-Teremos de o respeitar. -Suspirei e olhei o relógio que estava no meu pulso. -Hora de ir buscar a Clarinha -sorri - Já volto. -Segui até a saída do hospital, e vi Luan, sentado em um banco, perto de uma banca de jornal. -Luan.
-Oi? -ele nem se importou em me olhar.
-Está afim de ir buscar a Clara comigo? -Mesmo que estivéssemos desse jeito, doía em mim vê-lo triste.
-Prefiro ficar.
-Luan você não pode ficar assim -suspirei sentando ao seu lado. -Tenho saudades de você.
-Você não está atrasada para buscar a Clara? -Ok, ele havia sido grosso, muito grosso, mas fazer o que se o coração da gente é idiota.
-Eu...-dei uma longa pausa, mas vi que não valeria a pena. Levantei-me e fui até meu carro que estava próximo ali.

(...)

-Ela é a cara do Lucas.
-Ela tem cara de joelho.
-Clara -Bruna a repreendeu.
-Mais é uai.
-A que isso -Luan se aproximou - ela é a coisa mais linda, vem aqui ver Clarinha. -Luan a pegou no colo se aproximando de Jady que tinha a pequena Manuella em seu colo. Foi ai que percebi que o problema do Luan deveria ser eu, com todos ele agia normal, mas comigo... ...Tentei não ficar mal, mas era complicado, me sentia péssima, o cara que amo não me trata mais como antes, vai entender.

Mais 2 semanas depois...

E cá estou eu novamente, batendo na porta do quarto do Luan, na ideia de faze-lo comer. Havia saído de uma consulta as presas, já que madrinha havia me ligado desesperada porque Luan não atendia ninguém, e claro, comigo não havia sido diferente.

-Luan por favor, vamos conversar.
-Me deixa em paz Luiza.
-Pela sua mãe, ela está toda aguniada lá na sala. -Ficamos uns bons minutos em silencio, mas logo ouvi o barulho da trava da porta.
-O que você quer?
-Entender o motivo de você está assim.
-Da pra respeitar meu luto?
-Pelo amor de Deus Luan, você nunca foi assim, sabe o que é N-U-N-C-A? -Soletei as palavras.
-Sei Luiza -ele revirou os olhos.
-Parece que não sabe droga -me sentei na sua cama - O que deu em você?
-Estou normal - ele virou e costas para mim.
-Não, você não está! Quando você havia falado do jeito que tem me tratado a 1 mês?
-Eu ....me desculpa.
-Não Luan -suspirei nervosa- A culpa da morte dela não foi sua merda -comecei a chorar, odiava isso, mas fazer o que se sou de cancêr.
-Eu devia ter a amado, ter sido fiel, mas nem pra isso eu prestei Luiza, nem pra isso!
-Então quer dizer que a culpa é minha?
-Não, mas minha, por isso me deixa em paz.
-Não, você já ficou em paz tempos de mais.
-Luiza sai daqui.
-Não Luan.
-Por favor Luiza, vai passear.
-Não estou afim.
-Para de ser mimada garota - ele pegou em meus braços me arrastando para foda dali. - E vê se me esquece por um tempo. - E o eco da porta se chocando contra o batente foi algo, mas não tão doloroso como suas palavras.
-Conseguiu falar com ele querida? -Passei por madrinha, e sem responde-la fui para minha casa, só precisava de um abraço da minha pequena, e desligar-me do mundo, fingindo que aquilo nunca havia acontecido.
Me sentia uma idiota, por tudo que havia feito por ele. Nunca tinha visto Luan daquele jeito, nenhuma vez se quer ele havia aumentado a voz comigo, ou ter pego no meu braço de uma maneira tão estupida e bruta.



Autora. 
Hello, Hello. Como vocês estão? Estou tão desanimada com está fic, quase ninguém comentando, isso desmotiva sabiam? :s 
Mas, Luan foi um babaca né? Eu achei kkkkk. Mas até quando isso vai? 
Um bj.
PS: Comentem.


9 comentários:

  1. Tá bom do Luan tomar jeito... coitada da Luli pode não! Continua Nath e não desanima não bjo!

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  2. Babaca é pouco,
    Vai até ele descobrir que a luli ta grávida e ela não querer mais saber dele

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  3. Ai ai Luan, não vem querer bancar de moço arrependido agora não hein. Que coisa feia isso. Vou entrar nessa fic e te dar uma surra.
    Quero só ver quando descobrir que Luli está grávida. E Luli, vamos se valorizar mulher. Luan tá merecendo um gelo isso sim.
    E continuaaa que a fic está maravilhosa hein. Já quero o próximo o mais rápido possível.
    Beijos!

    Nayara

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  4. Luan está sendo muito estupido com a Luli, coitada só estava querendo ajudar.... Posta mais o mais rápido possível amor, To mega anciosa

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  5. A posta mais e da um jeito nesse mimado do Luan ele não pode continuar tratando a luli assim bjos

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  6. Quando Jullia tava viva você não pensou em ser fiel né, agora bateu remorso foi? Que pena não da pra voltar atrás, mas sim seguir em frente então vai atrás da Luli e recomece com ela.
    Continuaaa por favor parei de estudar para ler a fic então vou te deixar esse motivo para continuar, não só eu como várias outras estão lendo a fic, pelo fato de ser em um site e ter que usar conta google(no meu caso) muitas não comentam mas lêem, sua fic está muito boa se não continua eu tenho um acidente, mas acidente do coração de tanta ansiedade pra saber a continuação

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  7. Que capitulo foi esse ???? Arrepiada até agora 😱😱
    Continuaaaaaa

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