Tinha ideia o quanto diferente estava, mas também tinha a ideia de que a dor precisava ser sentida, e eu a sentia, mas do meu jeito, o que era difícil de todos entender. Estava cansado de todos sentirem pena de mim, por esse motivo me fechei a 2 semanas, não saia de casa, e beliscava algo quando minha mãe aparecia por lá.
-Luan levanta dessa cama.
-Eu estou com sono mãe.
-Nem de xumba ou mamusca me chama mais -Escutava sua voz abafada pela porta, mas tinha certeza que a mesma chorava, me sentia horrível por isso, mas esse era um novo eu.
-Vou ligar pra Luli. - Mal Bruna sabia que Luiza era a ultima pessoa que desejaria ver.
(...)
Narrado por Luiza.
-Amiga bebe isso.
-Não Jadoka, sem remédio por favor.
-Então toma esse chá querida.
-Luiza você precisa fazer um exame de sangue, isso já esta de mais!
-Já marquei consulta com a doutora Mara. -elas me olharam intrigadas- cade minha bolota?
-Alguém quer me ver? -Meu pai entrou no quarto junto de Manuella.
-Ai que coisa gostosa.
-Não se aproxima muito dela Luli, você pode está com virose.
-Não tia, a gente sabe que não é isso. -Jady me encarou feio.
-Depois conversamos sobre isso -Minha mãe suspirou e saiu do quarto.
-Me dá ela papai -A peguei, e fiquei boba. Todas as vezes era assim, ficava boba quando a via. -Ai coisa gostosa da madrinha -fiz voz infantil.
-Eu tirei foto hoje Dinda -Jady se sentou ao meu lado, e pegou a pequena mãozinha.
-Serio? Me deixa ver. -sorri animada, e Jady logo começou a me mostrar as fotografias. -Ai que coisa linda.
-Eu revelei essa daqui pra você -pela pegou o envelope dentro da bolsa, e me deu a foto. -E essa pro Luan, depois eu levo até a casa dele.
-Hm -Ultimamente evitava tocar no assunto Luan, já que a 1 mês o mesmo estava diferente. -Me passa as fotos que tirou dela?
-Aham, ainda bem que o Antônio me enviou algumas -Ela sorriu, e percebeu que queria mudar de assunto.
-Ai como eu fiquei gracinha madrinha. -Sorri ao ver a foto -Vou postar.
"@LuliPorfida : 1 mês de Bolota da Dinda *-* #Amomuito "
-Olha isso cara -Segurei as bochechas da mesma, fazendo peixinho nela.
-Tadinha Luli -Jadoka se fez de brava.
-Xiu -ri.
-Ai, olha quem ta aqui -Bruna nasceu das cinzas igual uma Fênix, e nos assustou.
-Sua louca.
-fica quieta -ela veio correndo e pegou Manuella no colo. -Oi coisa linda da tia. -fez voz de criança.
-Não precisa forçar a voz querida.
-fica na sua.
-trouxe um lanche pra vocês -Mamãe entrou no quarto com uma bandeja.
-Não precisava mamãe.
-claro que precisava -ela sorriu e colocou sob a cama. -eu já vou trabalhar, beijo.
-Mais tarde passamos de lá.
-Vou esperar -ela beijou minha testa e brincou com as mãos pequenas de Manuella.
-Não vai trabalhar hoje?
-Só tive consultas pela manhã.
-E o Luan, Bru?
-Está na mesma -ela suspirou- Minha mãe me mandou aqui, para que pedir que você fosse lá falar com ele Luli.
-Qual parte do "O Luan não quer me ver" vocês não entendem?
-Não precisa ser grossa também.
-Desculpa -suspirei - não queria que fosse assim.
-a gente sabe -ficamos em silencio por um tempo.
(...)
-Tem certeza que quer passar no Luan?
-Eba, tio Luan -Clarinha disse toda feliz.
-Vamos lá Luli, por favor.
-Okay -suspirei e segui até a casa que Luan morava com Jullia.
-Mãe -Madrinha estava sentada no sofá da sala, e sua cara denunciava que a mesma havia chorado.
-Bença madrinha -sorri forçado e me aproximei da mesma beijando seu rosto.
-Querida -ela me abraçou. -Tenta falar com ele, por favor.
-Eu ja volto -subi até o quarto do mesmo. -Luan?
-O que foi?
-Abri aqui, preciso conversar com você.
-Não Luiza, me deixa em paz.
-Para de agir feito criança, seja homem e abre essa porcaria logo.
-O que você quer aqui? -ele abriu a porta, e eu o notei mais magro, sua barba estava maior, sem cabelo nem se fala.
-Você está péssimo.
-É só isso? Tchau -ele ia fechando a porta quando eu o impedi.
-Vamos conversar! -Entrei no quarto logo atrás do mesmo.
-Anda logo que não tenho todo tempo pra você.
-Agora é assim?
-Agora é assim sim, e ... -Clara entrou no quarto correndo, tirando nossa atenção.
-Mamãe, a vovó Mari pediu pra eu vir ver vocês -ela sorriu -Tio Luan. -a mesma correu até ele o abraçando. -Que saudade.
-Oi pequena -O vi sorri -Muitas -ele a encheu de beijos.
-Clarinha, deixa eles conversarem -Jady entrou no quarto com a pequena Manu nos braços.
-Manuzinha -Luan sorriu, e se aproximou dela, ainda segurando Clara.
-Oi dindo -ela fez voz de criança.
-Como ela está linda. -Ele desceu Clara de seu colo, e pegou Manuella.
-Eu trouxe isso pra você -Jady tirou o envelope da bolsa, o entregando uma foto da pequena.
-A que graça cara - Ele sorriu. Filha da puta. Madrinha que me perdoe, gostaria de entender por que o mesmo havia mudado tanto comigo, e continuava normal com os outros.
-Será que da pra gente continuar a conversar? -Me pronunciei depois que Jady saiu do quarto levando as pequenas.
-Continue -ele fez cara debochada e se jogou na cama.
-O que está acontecendo com você, Luan Rafael?
-Estou normal.
-Com as outras pessoas sim, mas você me trata diferente Luan, como se me culpasse com o que aconteceu. -Já chorava, sempre fui chorona, e agora não seria diferente.
-Primeiro para de chorar -ele disse um pouco grosso. - e segundo, eu não te culpo por porra nenhuma, eu quem fui um idiota.
-Sabe quantas vezes você foi grosso comigo durante esse mês?
-Eu sou assim Luiza, eu estou assim.
-Não Luan, para de agir como se fosse um adolescente mimado, me sinto péssima por te amar, e ser baixa ao ponto de vir atrás de você depois de tudo que me disse.
-Vai jogar as coisas na minha cara?
-Não é isso Luan, parece criança, até a Clara é mais madura que você.
-Luiza, não entendo o por que está aqui ainda.
-Porque eu te amo droga!
Narrado por Luan.
Luiza parecia alterada, ela chorava, por um lado aquilo me deixava mal, mas não poderia me entregar, não aquele amor que fantasiamos a tempos.
-Não queria que fosse assim.
-Mas está sendo Luiza.
-Para de agir assim. -ela se aproximou de mim, e tocou meu rosto. -por favor.
-Não Luiza, eu não quero -afastei suas mãos do meu rosto, e notei que ela estava gelada.
-Não me deixa Luan, por favor. -Ela ainda chorava, e estava pálida, percebi que ela começava a ficar mole em meus braços, com a respiração ofegante.
-Luiza? Luiza! -A mesma estava desacordada. - MAMUSCA, MAMUSCA.
-O que houve meu filho?
-Corre, pega a chave do carro pra mim, vou levar a Luiza para o hospital. -A tomei em meus braços, e desci as escada correndo.
Eu não poderia a perder também, não poderia, de jeito nenhum.
Autora.
Hello, Hello!!!!
Como vocês estão?
O que acharam do capitulo? Será que agora o casal fica junto?
Luan sendo estupido, até um momento, depois o medo de a perder. Ai ai ai amor.
Quero comentários ta?
Beeeijos.