capitulo 34.

Narrado por Luiza.

- Já estou indo meu amor, vai pra casa da Aninha, que a tia já te pega lá. - Saltei da cama, pegando minhas roupas que estavam jogadas por todo canto do quarto.
- O que houve? - Luan despertou.
- Eu não sei, mais vou buscar a Clara - selei nossos lábios num selinho apressado. - Há você deveria ir pra casa, já que avisou a sua mulher que chegaria antes das 10:00.
- eu vou daqui a pouco.
- Luan - estava parada na porta - Já são 9:30, se liga. - Sai de la, indo as preças até a casa da Aninha, que era uma amiguinha que Clara havia feito do lado de sua casa.
- Olá dona Kátia, tudo bem?
- Bem querida - ela me deu um beijo no rosto. - Eu quero conversar com você. - Ela me puxou para dentro de sua casa, pelo o que eu pudera perceber Clarinha, deveria esta brincando com Aninha. - A Clara chegou aqui chorando.
- Ela me ligou, e eu a pedi para vir pra cá.
- A sim - ela sorriu. - Quer café?
- Não obrigada.
- A sim. - Ela pegou uma xícara. - Ela esta com alguns hematomas pelo corpo.
- A sim - suspirei - eu posso a levar?
- Não terás problemas na justiça por causa disso?
- Acho que não, e se tiver não me importo. - sorri.
- vou chama-la.
- Tia Lui - a mesma me abraçou forte, e eu retribui, queria mostrar todo conforto DO MUNDO.
- Esta tudo bem meu anjo. - beijei sua testa.
- Eu não quero volta pra ela, ela me bateu e ....
- Calma meu amor, a tia vai te levar pra casa dela, que tal? Ai a gente assisti desenho - cheirei seu pescoço.

(...) 

- eu espero sua ligação, tudo bem?

- sim Doutora Luiza. 

- Até mais Doutor Carlos.

- Até. 

Desliguei o celular, depois de ter feito duas ligações. Havia pedido para trocar o plantão com a Doutora Sônia, e a mesma sugeriu que eu ficasse em casa, para que pudesse cuidar do caso da Clara melhor. Já meu advogado recomendou-me que entrasse já com a justiça, e foi isso que eu fiz. 

- Tia Lui, a gente vai passear? 

- sim meu anjo - beijei suas bochechas - vamos comprar algumas roupas pra você, o que acha? 

- ebaaaa - ela me abraçou - vou ganhar brinquedo também? 

- mais é abusada - fiz cócegas na mesma. - vamos ? 

- vamos. 

Nossa tarde no shopping teve tudo para ser legal, dinheiro nenhum comprava o sorriso que havia sob os lábios da minha pequena. 

- tia Lui, olha. - Passávamos em frente uma loja de brinquedo, em quanto íamos até o hipermercado. Os olhos dela chegaram a ter um certo brilho diferente, nunca havia a visto daquele jeito. Talvez porque a mesma nunca teve um brinquedo só dela, já que tinha de dividir as 5 únicas bonecas que haviam no orfanato. 

- vem - a peguei pela mão entrando na loja, sua felicidade era tanta, que ela não parava momento algum de me mostrar os brinquedos que ali havia.
- Oi pessoal, eu sou Olaf, e gosto de abraços quentinhos. - Clarinha imitava a voz do urso, em quanto voltávamos para casa. - Tia Lui - a olhei pelo retrovisor - a gente podia assistir frozen né?!
- que tal a noite?
- eu vou dormir com você?
- vai
-ebaaaaaaaaaaa.
- que felicidade. - sorri.
- muuuiitaa.
Chegamos em casa, e a mesma insistiu muito para me ajudar a descer as coisas do carro.
- Oxi, já em casa?
- amiga socorro.
- O que houve jadoka?
- Eu tive medico hoje e ...
- E o que mulher? - fui até a cozinha, levando as porcarias que eu e Clarinha havíamos comprado.
- Eu to desesperada e ....
- Anda logo . - Abri os armários, colocando as coisas por ali. Até que o barulho de um vidro ecou pela cozinha. - CLARA! - Olhei para trás assustada, e a mesma me olhava com os olhos maiores que o normal.
- Desculpa tia Lui, eu ... - pude notar sua voz de choro. - eu não faço mais, mas não me bate igual a Vovó Vanessa, eu juro.
- Clama meu amor, deixei as bolachas que haviam em minhas mãos sob o balcão, e fui até a mesma. - Eu não vou fazer nada com você, só me assustei. - A peguei no colo, tirando a mesma de perto daqueles cacos para que não acontecesse o pior. - Limpa ai pra mi Jadoka?
- Ta - a mesma foi até a area do fundo, sem reclamar, algo havia acontecido, pois isso era muito estranho vindo dela.
Desde o meio do ano passado Clara conseguia andar, depois de muitas fiseoterapias, percebemos um ótimo avanço.
- que tal um banho minha porquinha? - cheirei seu pescoço.
- você vai me dar tia?
- Claro meu anjo.
- na banheira? - ela riu sapeca.
- Se você quiser.
- eu quero - ela agarrou meu pescoço, dando um beijo molhado em minha bochecha.

(...)

- Sera que a gente pode conversar agora?
- Claro amiga - saímos do quarto, já que Clara se encontrava dormindo. - O que houve? - Fui a primeira a me jogar no sofá.
- eu to gravida.
- AN?
- é amiga - ela começou a chorar. - eu não sei como....
- a não sabe?
- ta bom eu sei, mas eu tenho medo de contar pro Lucas e ...
- Calma ta? Vamos cuidar do meu sobrinho que vai esta ai dentro!
- Seu afilhado - ela sorriu, e segurou minha mão que estava sob sua barriga, sem volume nenhum.
- Mas espera. - Parei pra pensar. - Você estava menstruada até dias atrás.
- Doutor Manuel disse que isso pode acontecer. - ela suspirou. - Me help.
- Calma, tá?
- Ai credo - ela revirou os olhos - você ta pedindo muita calma hoje!
- queria que eu ficasse como?
- Desesperada mulher, eu to gravida amiga, gravida! Sou tão nova e ...
- Não, você tem 26 anos nas costas.
- Mais sou nova.
- Então se prevenisse!
- sua grossa.
- Já começou a fase que você fica bipolar, eu hein. - Sai dali e deixei a mesma sozinha, para que ela pensasse em como contar ao Lucas. Eu precisava de um banho, e foi isso que eu fiz.

(...)

Narrado por Luan.

Cheguei em casa eram 10:30, Jullia se encontrava deitada no Sofá a minha espera.
- Amor - ela correu até mim, abraçando-me e me beijando. - Estava com tantas saudades.
- eu também minha princesa - selei nossos lábios novamente.
- Eu te amo tanto. - ela olhou dentro de meus olhos e eu não sabia o que responder, Luiza veio vagamente em meus pensamentos.
- Eu também amo você. - beijei sua testa.
- Você atrasou.
- Transito!
- como sempre - ela suspirou ainda abraçada a mim. - Vai ficar 3 dias não é?
- Sim, mas terei de ir no Dudu. - Suspirei, lembrando-me das minhas escondidas com Luiza, não poderia ficar muito sem aquela mulher.
- A sim - ela fez bico. - Já tomou café?
- Ainda não.
- Então vem. - ela puxou-me até a cozinha.

(...)

- Estava morto de saudades mamusca.
- eu também querido. - ela sorriu, em quanto depositei um selinho em seus lábios.
- Pi, o Max vem junto aos meninos por esses dias.
-  Aham, ja to sabendo - sorri lembrando da bagunça que iriamos fazer. - Vai ter churrasco la em casa.
- já avisou todo mundo?
- não - tirei o celular do bolso. - mais é fácil. - Mandei mensagem no grupo que estávamos todos.
- mãe eu já to indo. - Bubu pegou sua bolsa sob o sofá.
- vai pra onde?
- Casa da Luli.
- diz pra ela que eu mandei beijo, e que eu to com saudade. - Bruna olhou-me com uma cara de " para de mentir, que eu já se que vocês se viram hoje. "
- que foi?
- nada uai. - ela saiu rindo.
- eu hein.
- a meu querido - mamusca me deitou no seu colo. - Onde Jullia está?
- Ela preferiu ficar em casa. - sorri em quanto ganhava carinhos da minha mãe.
- já se acertaram?
- acho que sim. - suspirei. - tem hora que ela ta bem, depois ela coloca as coisas na cabeça, eu não entendo.
- Isso deve ser medo, ela fica muito tempo só.
- Já disse pra ela vir pra cá, mas né, vai entender.
- Ela gosta do cantinho dela também.
- é.
- Luan, eu quero falar uma coisa com você. - Meu pai havia  acabado do chegar do escritório.
- Claro pai. - levantei, e o abracei. - Como o senhor está?
- bem, e você?
- bom também. - ri.
- Vamos lá pra cima.
- pode falar. - sentei-me de frente para ele.
- onde você passou a noite?
- eu cheguei hoje de manhã.
- não Luan, você chegou ontem pela noite, onde passou a noite?
- pai o senhor...
- Me fala a verdade.
- Tá - suspirei, sabia que não adiantaria mentir, omitir seria melhor. - Estava com a Luli.
- Vocês estão...
- Não, eu só estava com saudade da minha amiga.
- tudo bem - ele suspirou.
-mas como o senhor sabe?
- Fui até sua casa hoje pela manhã.
- a sim.
- quando for assim, fale a verdade a sua mulher.
- tá - ele se levantou retirando-se dali, e o que me restou foi suspirar aliviado.

(...)

Narrado por Luiza.

Havia acabado de chegar do hospital, e fui até o colégio pegar Clarinha, já que havia decidido tirar a mesma daquela mulher.
- a gente vai passear hoje.
- ebaa - ela fez festa. - vamos pra onde?
- Churrasco na casa do tio Luan, o que você acha?
- eu amei tia. - ela sorriu.
Chegamos na casa dos meus pais, estava afim de matar saudades.
- O que você ta fazendo aqui? - Dei um jeito de cobrir Clara atrás de mim.
- Eu vim buscar minha neta, junto a  assistente social.
- você não vai leva-lá.
- Dona Luiza, a Dona Vanessa está no seu direito.
- Não vou deixar.
- A criança não pode ficar com a senhora de ....
- Não estou nem ai. - Estava me segurando para não explodir. - Não vai leva-lá, porque foi a mim que Clara procurou por está sendo agredida, por essa ai.
- Que mentira.
- Tia Lui. - Clarinha começou a chorar baixinho, e minha mãe veio até ela a tirando dali.
- Claro que é verdade.
- Claudia, a senhora acha que eu teria coragem de tirar a Clara dela se não estivesse acontecendo algo?
- Claro que sim. - Dona Vanessa se entrometeu.
- Dona Vanessa - suspirei - eu sei que a senhora tem a dor de ter perdido uma filha, mas não vou deixar a senhora fazer isso com a minha pequena, eu cuidei de Clara desde que ela chegou ao orfanato, e não vai ser por causa da senhora que ela voltará pra lá.
- Isso a gente vê na justiça.
- sim, mas por favor, deixe a menina comigo.
- Não podemos.
-faça um esforço, porque não vou deixa-la ser mal-tratada.
- eu preciso saber a opinião da criança.
- Claro que ela vai querer ficar com essa dai, ela fica colocando ela contra nós.
- Não senhora, a senhora mesmo a coloca contra você.
- A nossa audiência está próxima querida - E estava, faltavam 1 semana para nossa segunda audiência.
- Sim, mas eu quero que a menina fique comigo, só até hoje, depois você pode leva-la.
- vai abrir mão assim?
- eu acredito em mim, e daqui 1 semana, posso a tirar de você definitivamente.
- veremos. - Ela saiu toda posuda, junto a Claudia, que entendeu que ela havia deixado a menina ali por querer. Suspirei e me joguei sob o sofá.
- Esta tudo bem? - Papai sentou-se ao meu lado.
- Sim papai. - sorri o abraçando.
- Você ganhará meu anjo, eu acredito em você.
- Obrigada papai, muito obrigada.

(...)

Subi as escadas da casa do Luan com um pouco de pressa, precisava urgentemente ir até o banheiro. Olhei-me no espelho, e sai dando de cara com o mesmo no corredor.
- Estava doido pra te beijar. - Ele me agarrou cheio de fogo, senti um pouco de medo, mais tudo passou depois que o mesmo começou a me beijar.
- Amor eu... - Jullia apareceu no topo da escada, fazendo com que nos soltássemos mais rápido possível. Espero que ela não tenha visto, mas se viu, eu não estava nem ai. Eu era solteira, e quem havia dado a ideia de tudo isso fora Luan, e eu já havia pedido que ele se divorciasse. Problemas eu não teria, mas ele?! Sim.



Autora.
Eitaaaaaaaaaaaaaaa que teve flagra! Sera que Luli não terá problema?
Eu acho que sim em!! kkkkkkk. 
Ela ficou toda posuda, o que aconteceu com essa mulher?! kkkkkkkkkk.
Desculpem pela demora, mais eu estava com um desvio de imaginação!!
Pediram pra que eu divulgasse uma fic: http://ficsproluan.blogspot.com.br/ , vou coloca-lá junto as outras ali no canto. Serio estou amando de verdade!! Ela é uma historia diferente, que pra mim vale a pena ler. 
Quero comentários, ideias, opiniões, criticas educadas pois escrevo a vocês.
Beeeijos.
PS: HOJE TEM CANTOR NA GLOBO!!!
PSS: Comentários anteriores respondido.